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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (22) : Viver na nossa língua - Algumas questões práticas

 

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho

 

 

wiki-faq do reintegracionismo

( http://agal-gz.org/faq/ )

 



Viver na nossa língua

Algumhas questons práticas

Mudança de nomes e apelidos.

Neste momento pode-se passar o nome e os apelidos a forma galega, o que vem recolhido na lei que entrou em vigor no ano 2000.

 

Procedimento - Pedido (com certificaçom de a forma proposta ser correta e galega) dirigida ao registo civil onde temos a nossa certidom de nascimento. A resoluçom e modificaçom terá lugar em 24 horas. No dia seguinte poderíamos pedir umha certidom de nascimento com a mudança feita e proceder com os distintos documentos legais e em todos os papéis e registos (incluída a certificaçom de casamento). Se há filho/as menores de idade, temos de ir já ao registo onde figurarem as certidons dos(as) nossos(as) filhos(as) e procedermos com a respetiva mudança.

 

Dificuldades - A principal é a discricionariedade do funcionário(a) na hora de avaliar a “galeguidade” dos nomes e apelidos. Mudanças que num registo som possíveis num outro encontram obstáculos.

 

Quando a mudança nom sobressai do quadro do galego Ilga-Rag, a melhor estratégia é saber quem vai tomar a decisom, insistir e sobretudo acompanhar o pedido com certificações inapeláveis de autoridade lingüística (no caso ILGA ou RAG). Nos julgados do civil costumam ter bibliografia ao respeito mas a discricionariedade funcionarial pode complicar o processo.

 

Quando a mudança excede o quadro do galego Ilg-Rag também é possível mas pode ser mais lento exigir mais paciência. É importante juntar documentaçom acreditadora de sermos conhecidos socialmente sob a forma para a que pedimos a mudança: correspondência privada e pública, correspondência comercial (esta e doada de conseguir solicitando receber propaganda na nossa caixa de correio), citações em revistas, cartons de associações, comunicações de organismos oficiais. Quanto mais volumosa e alargada no tempo for a documentaçom, terá mais valor. Ainda, acrescentar umha certidom de autoridade académica (por exemplo, de algum professor do departamento de português de Santiago de Compostela ou de traduçom e interpretaçom de Vigo) será um valor acrescentado.

 

O processo administrativo tem lugar agora na povoaçom onde moramos. Neste sentido é estratégico investigar a atitude dos funcionários do teu concelho porque pode mesmo ser útil mudar temporariamente de recenseamento (vamos ter que apresentar a certidom municipal de residir no concelho em questom).

 

Teremos que apresentar umha instáncia ao julgado do civil em que informes de que socialmente és conhecido por XXX e que esta forma nom se corresponde com a forma em que figuras nos documentos. Juntamos a documentaçom acreditadora de seres conhecido assim, o certificado da autoridade competente e o do padrom municipal.

 

A partir de aqui o julgado cita-te para fazer um auto, e esse dia deverás apresentar-te com duas pessoas maiores de idade (nom servem familiares próximos) e que serám as tuas testemunhas que vam declarar que desde que te conhecem, sempre foi com os nomes e apelidos XXX. O ideal é ter a cumplicidade do(a) funcionário(a) para assim fazer todos os passos num único dia,quer dizer, apresentar a instáncia e ir com as testemunhas. Se se segue o regulamento à risca podem passar 6 meses entre o início do processo apresentando a instância e ser citados para assistir com as testemunhas.

 

O Julgado, depois de preparar o expediente, passa-o ao juiz ou à juíza que lhe corresponder (e de novo aparece a discrecionariedade). Esta pessoa elabora um relatório quer favorável quer desfavorável para depois o expediente ser elevado polo julgado à Direçom Nacional do Notariado do Ministério de Justiça, para que por delegaçom do ministro adote o conforme com a mudança e proceda a comunicá-la ao julgado que iniciou o expediente e a nós mesmas(os). Se o relatório do juiz é favorável em Madrid vam dar o sim mas se for desfavorável a comunicaçom de Madrid abriria a via para a reclamaçom judicial contra ela, que costuma ser umha via lenta e cara. Nesse caso é melhor começar de novo.

 

Caso tenha tido umha decisom favorável à mudança, voltamos ao julgado para mandarem ordem aos registos civis onde estám as nossas certidons de nascimento, a de matrimónio, a dos teus filhos/as e em todas se procede a efetuar a mudança. Depois é dirigir-se ao registo civil onde estamos inscritas(os) para pedir umha partida literal de nascimento que já estará corrigida e procedemos à mudança dos documentos.

 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sempre Galiza! – Ernesto Guerra da Cal: Ramalhete de Poemas Carnais, “In Memoriam” de Ricardo Carvalho Calero - V Nudez Muda


publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho

De Ernesto Guerra da Cal – para ler, reler e partilhar

os sete poemas de:

Ramalhete de Poemas Carnais
"In Memoriam" de Ricardo Carvalho Calero


[ dia 28/6 - I ESFINGE ]

[ dia 5/7 - II FADO CHORADO SOBRE UM AMOR PASSADO ]

[ dia 12/7 - III DESENCONTRO ]

[ dia 19/7 - IV EUCARISTIA SACRÍLEGA ]


hoje: V NUDEZ MUDA



I.M. Carvalho Calero/ G. da C.

V

NUDEZ MUDA
*******************

[ Soneto desnorteado ]

O teu silêncio nu de lenta chuva

invade o meu rescaldo vespertino

e no ausente sorriso cristalino

a minha mão procura a tua luva

O teu grito calado, pluma de asa

esconde-se num ninho que é um abismo

e o rumor da tua carne em hermetismo

queima-me a insónia com seu gelo em brasa

Nudez ambígua de veraz mentira

finge o teu sonho de vendaval que arrasa

e afunda o meu, que por teu centro passa

e contra o qual o teu sexo conspira

Um dia há de chegar

talvez no Além

em que o teu corpo

vença o seu mutismo

E nesse dia fatal

Dia da Ira

tu não seras quem és

E eu

mortalmente


serei NINGUÉM

ESTORIL

Alta noite

14 de Setembro

1987

[ dia 2/8 - VI "IMAGO FLORIS" ]

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (21) : Movimento reintegracionista - Relações com falantes doutros países lusófonos

 

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho

 

 

wiki-faq do reintegracionismo

( http://agal-gz.org/faq/ )

 



Movimento reintegracionista

Relaçons com falantes doutros países lusófonos

Queredes ser portugueses?

Querem os valons ou os quebequenses ser franceses? Os teuto-suíços ou os sul-tiroleses serem alemáns? Os chilenos ou os porto-riquenhos serem espanhóis? Os irlandeses ou os australianos serem ingleses?. É muito freqüente as fronteiras lingüísticas nom se corresponderem com as fronteiras políticas, já que, por umha parte, existem vários grupos de naçons que tenhem a mesma língua oficial: francofonia, anglofonia, hispanofonia, lusofonia, etc., e, por outra, existem muitas mais línguas que estados, e portanto o usual é num estado falarem-se várias línguas.

 

Os reintegracionistas que militam nalgumha força política fam-no, maioritariamente em forças independentistas ou federalistas, nom existindo na atualidade nengum movimento político organizado que defenda a inclusom da Galiza na República Portuguesa.

Por que em Portugal nos falam em castelhano?

Em Portugal continental, exceto o Algarve, a imensa maioria dos turistas som espanhóis, e a indústria turística portuguesa adaptou-se logicamente a esta circunstáncia. De maneira que para os trabalhadores deste ramo falar castelhano é umha mais-valia. E assim tam logo detetam que o cliente é espanhol falam-lhe, melhor ou pior, em castelhano. E fam-no por dous motivos, por tentar agradar a clientela, mas também com o intuito de praticarem o castelhano, e nom sempre a primeira causa é a principal.

 

Para os galegos que pretendemos falar a nossa língua em Portugal, ou mesmo para qualquer espanhol que pretenda praticar português, este fenómeno revela-se um tanto frustrante. Aliás, como o visitante interage principalmente com a indústria turística -hotéis, restaurantes, lojas de lembranças…-, pode chegar a conclusom de que em Portugal a maior parte da populaçom fala castelhano. Mas este é um fenómeno restrito a tal indústria, e fora dela nom se verifica. Assim se entramos numha livraria, numha sapataria, numha loja de azulejos… o usual é os vendedores falarem unicamente em português.

Como conseguir que nos falem na sua língua?


  1. Pedindo-lho educadamente.

  2. Evitar as zonas mais turísticas.

  3. Tentar falar com gente fora da indústria turística.

  4. Aproximar o nosso galego ao padrom lusitano.

    1. Usar o sesseio.

    2. Evitar no possível o léxico que nos afasta das falas de Portugal, nomeadamente castelhanismos.

Por que os portugueses e brasileiros presentes na Galiza falam em castelhano?

Para se integrar socialmente.

 

A língua das pessoas emigrantes costuma ser um indício bastante fiável, em contextos plurilingues, de que língua funciona melhor socialmente. Aprender umha língua implica um esforço que se vê facilitado com o contacto social com os seus falantes. Assim sendo, se os emigrantes lusófonos investem nesse esforço é porque acham que será recompensado. Se o galego fosse a língua social da Galiza, teriam menos incentivos para investir na aprendizagem do castelhano.

 

Outra questom a tratar seria a expetativa dos e das emigrantes. Quando um brasileiro emigra para a Eslovénia ou a Suécia, tem a expetativa de que ali falam umha língua local. Quando emigra para a Galiza, a expetativa (salvo contadas exceçons) é que falam espanhol porque na verdade estám a emigrar para a Espanha. Esta expetativa poderia ser talvez reformulada se o formato de galego que encontrassem fosse outro, mas, para além de ter uma presença periférica (escasseia nas cidades), a sua vestimenta oficial nom ajuda a fazer as ligaçons necessárias (galego=português).

 

Naqueles contextos onde o galego é hegemónico é habitual que os emigrantes lusófonos mantenham a sua língua, nomeadamente áreas rurais, ambientes culturais, certas áreas profissionais…

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sempre Galiza! – Ernesto Guerra da Cal: Ramalhete de Poemas Carnais, “In Memoriam” de Ricardo Carvalho Calero - IV Eucaristia Sacrílega


publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho

 
De Ernesto Guerra da Cal – para ler, reler e partilhar

os sete poemas de:

Ramalhete de Poemas Carnais
"In Memoriam" de Ricardo Carvalho Calero


[ dia 28/6 - I ESFINGE ]

[ dia   5/7 - II FADO CHORADO SOBRE UM AMOR PASSADO ]

[ dia 12/7 - III DESENCONTRO ]

hoje: IV EUCARISTIA SACRÍLEGA 




I.M. Carvalho Calero/ G. da Cal

IV

EUCARISTIA SACRÍLEGA
**********************************

O cheiro a carne que nos embebeda!

Em que desvios a razão se perde”.

CAMILO PESSANHA

Queria a minha BOCA
             na tua BOCA

Queria encorporar-te
         num AMPLEXO

tornando a tua CARNE
            CARNE minha

o meu SEXO habitando
               no teu SEXO

Queria a minha ALMA
             na tua ALMA

a minha a refulgir
  no teu REFLEXO

Receber “CORPUS CHRISTI”
                     do teu CORPO

comungando a tua HÓSTIA
                          genuflexo

NOVA-IORQUE

Abril

1977



[ dia 26/7 - V NUDEZ MUDA ]

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (20) : Movimento reintegracionista - O reintegracionismo e os movimentos políticos

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho

wiki-faq do reintegracionismo

( http://agal-gz.org/faq/ )



Movimento reintegracionista

Reintegracionismo e política

O reintegracionismo é umha filosofia lingüística e cultural, nom política, sendo compatível com qualquer ideologia que respeite a identidade própria da Galiza. Assim, há reintegracionistas de quase qualquer quadrante político. Porém, nom se pode negar que a maioria das pessoas mais preocupadas polo futuro do idioma, as que mais refletem sobre ele, se encontram no nacionalismo, como em épocas passadas se encontrárom no galeguismo, e é deste grupo de gente que se nutre em maior medida o reintegracionismo.

Movimentos de ámbito estatal

Tirando casos de militantes particulares, a boa saude do galego nom é umha preocupaçom para os partidos políticos de ámbito estatal. Em geral, de facto, as tímidas políticas favoráveis ao galego promovidas tanto polo Partido Popular (antiga Alianza Popular) como polo Partido Socialista Obrero Español, assentam na pressom dos setores da sociedade vinculados aos projetos políticos de ámbito galego.


  • Partido Popular. Sendo o partido que durante mais anos e com maiorias mais cómodas tem exercido o poder na Galiza, as suas políticas lingüísticas tenhem a maior importáncia, sendo o máximo responsável político no alarmante retrocesso da nossa língua. Cumpre contodo diferenciar várias etapas, e assim nom foi o mesmo o labor no primeiro mandato de Fernandez Albor, onde há um tímido mas real interesse em promover o galego, que a época Fraga, onde se procura a manutençom do status quo, ou o destrutivo mandato de Feijoo. Mas se há umha constante em todas as etapas do poder popular é a discriminaçom, quando nom diretamente repressom, do reintegracionismo.

  • Partido Socialista Obrero Español. A política lingüística propugnada polo PSdeG tem sido semelhante à do PPdeG; em teoria defendeu a promoçom do galego, mas nas instituiçons em que exerceu o governo, a prática ficou-se muito aquém do possível. Cumpre contodo assinalar duas diferenças com o PPdG:

    1. a nível central nom se defendem políticas lingüicidas, como no PP, e

    2. se bem a nível oficial o PSdeG filia-se no isolacionismo, nalguns momentos houvo algum grupo nitidamente reintegracionista, como testemunha o documento “Achegas socialistas às bases analíticas da ortografia simplificada para a língua de Galiza, Portugal, Brasil e paises africanos de língua oficial portuguesa”, que foi publicado no número 1 de Cadernos do Povo, Revistas Internacional da Lusofonia.

  • Esquerda Unida. Esta coaligaçom tem tido sempre umha postura em favor da promoçom do galego, mas nom tivo muitas oportunidades de a pôr em prática. No seu site usa a norma ILG-RAG, sem esclarecer o modelo de galego culto que propugnam. Mas neste tema parecem ter muito peso as opinions de Alonso Montero, académico da RAG, e destacado isolacionista.

  • Anarquismo. É neste movimento político onde, fora do independentismo, melhor acolhimento tenhem as teses reintegracionistas, usando-se tanto a norma AGAL como o padrom lusitano, ao lado da norma ILG-RAG, tanto no sindicato CNT como no seu portal insígnia, Galiza libertária. A simpatia de alguns anarquistas polo reintegracionismo, explica-se, em primeiro lugar, polas vantagens da proposta lusista para a vitalidade da língua. Outro elemento de atraçom é a possibilidade de pôr em contacto, com maior facilidade, as classes trabalhadoras da Galiza e dos países lusófonos, dado que os anarquistas se consideram apátridas. Por último, a própria estrutura do movimento reintegracionista, construído de baixo para cima, combina bem com a maneira de agir dos libertários.

Organizaçons de ámbito galego

Poema de Manuel Maria incluído no seu livro "A luz ressucitada", editado pola AGAL em 1984.

  • Bloco Nacionalista Galego. O BNG é a organizaçom nacionalista galega mais numerosa, que maior representaçom tem nas instituiçons oficiais, e que mais poder tem exercido. É indubitável o seu compromisso com a nossa língua, mas na hora de exercer o poder tem sido bastante tímido ao aplicar as suas propostas. A respeito do modelo de galego que propugna poderia qualificar-se de reintegracionista platónico, pois se bem teoricamente afirma o galego ser a mesma língua que o português, a sua prática é majoritariamente isolacionista, tanto internamente como nas instituiçons galegas. Porém a nível europeu os seus parlamentares aplicam sem hesitaçons a doutrina reintegracionista, empregando sempre o português da Galiza.

  • Centro galeguista. No centro galeguista tem havido sempre reintegracionistas, sendo o mais salientável D. José Posada, fundador da AGAL e primeiro eurodiputado galego, por Coaligaçom Galega, em empregar o português da Galiza no Parlamento Europeu. Na atualidade há varios partidos dentro deste campo político: Terra Galega, Partido Galeguista e Converxência XXI. Este último destaca-se dos anteriores por um reintegracionismo utilitário.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sempre Galiza! – Ernesto Guerra da Cal: Ramalhete de Poemas Carnais, “In Memoriam” de Ricardo Carvalho Calero - III Desencontro


publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho

De Ernesto Guerra da Cal – para ler, reler e partilhar

os sete poemas de:

Ramalhete de Poemas Carnais
"In Memoriam" de Ricardo Carvalho Calero


[ dia 28/6 - I ESFINGE ]

[ dia 5/7 - II FADO CHORADO SOBRE UM AMOR PASSADO ]


hoje: III DESENCONTRO


I.M. Carvalho Calero/ G. da C.

III

DESENCONTRO
********************

No te quiero más castigo

que estés durmiendo con otro

y estés soñando conmigo”.

(Copla popular andaluza)

Os Olhos mutuamente

fechados e perdidos

cada um

no seu longínquo Olhar

Os Lábios mutuamente

colados e arredios

e cada um

entregue

a um alheio Beijar

Os Corpos enlaçados

e evadidos

cada um

para um ausente Lugar

E ambos os Corações

remotos e abstraídos

cada um

no seu independente Latejar

E a única Emoção presente:

o agoniante Esforço errante

da Imaginação

- a imaginar!

LONDRES

6 de Outubro

1990

[ dia 19/7 - IV EUCARISTIA SACRÍLEGA ]

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (19) : Movimento reintegracionista - A comunidade reintegracionista

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho

wiki-faq do reintegracionismo

( http://agal-gz.org/faq/ )



Movimento reintegracionista

A comunidade reintegracionista


A comunidade reintegracionista

A comunidade reintegracionista é umha parte pequena mas muito ativa da comunidade galecófona, polo qual é muito difícil enumerá-la na sua totalidade. Porém esperamos sermos bastante abrangentes.

Centros sociais

Os centros sociais som espaços físicos autogeridos situados nas principais cidades e vilas galegas que servem para acolher as atividades e propostas do movimento associativo vinculado a eles. Som lugar de reuniom, formaçom, convivência e lazer onde a vida decorre ao 100% em galego. Cada centro social tem as suas caraterísticas e particularidades, respondendo em cada caso às necessidades determinadas pola cidade em que estám situados. Há centros sociais independentistas, anarquistas, ocupados… mas em todos eles o reintegracionismo está presente em maior ou menor medida.


Bertamiráns Boiro Compostela
A Fouce Aturujo A Gentalha do Pichel Henriqueta Outeiro
Corunha Estrada
A Casa das Atochas Atreu Gomes Gaioso Setestrelo
Ferrol Ginzo Lugo Marim
Artábria Aguilhoar Mádia Leva Almuinha
Noia Ourense Ponte Areias Pontevedra
Roi Soga de Lobeira A Esmorga Baiuca Vermelha Reviravolta
Vigo
Faísca A Revolta

Cultura

Associaçons culturais

Língua

Música

Editoras

Atraves Editora Editora Estaleiro
Editora Abrente
Editora A Fenda Edições da Galiza

Desporto

Activismo sociopolítico

Organizaçons políticas

Organizaçons juvenis


  • AMI Assembleia da Mocidade Independentista

Direitos Civis

Internacionalismo

Feminismo

Diversidade sexual

Ensino

Associaçons de maes e pais

Comunicaçom e opiniom

Meios de comunicaçom social

Blogues reintegracionistas

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sempre Galiza! – Ernesto Guerra da Cal: Ramalhete de Poemas Carnais, “In Memoriam” de Ricardo Carvalho Calero - II Fado Chorado Sobre Um Amor Passado


publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho

De Ernesto Guerra da Cal – para ler, reler e partilhar

os sete poemas de:

Ramalhete de Poemas Carnais
"In Memoriam" de Ricardo Carvalho Calero

[ dia 28/6 - I ESFINGE ]

hoje: II FADO CHORADO SOBRE UM AMOR PASSADO


I.M. Carvalho Calero/ G. da C.

II

FADO
CHORADO
SOBRE UM AMOR
PASSADO
************

Las pisadas de arena que la ola

soñolienta y fatal borra en la playa”.

JORGE LUÍS BORGES

Pelo teu corpo

de limão maduro

desço

seguro

ao fundo

do mais fundo

rincão

do meu adorabundo coração

Que

ainda contigo agora

na saudosa desora

do passado

chora

a fio

como um rio

pelo jasmim errado

cuja doce e equívoca fragrância

amargando está em mim

inveterado

a tal

astral

distância

ESTORIL

Janeiro

1989

[ dia 12/7 - III DESENCONTRO ]

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (18) : Movimento reintegracionista - Que é a AGAL?

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho

wiki-faq do reintegracionismo

( http://agal-gz.org/faq/ )



Movimento reintegracionista

Que é a AGAL?

A Associaçom Galega da Língua (AGAL) é umha entidade sem ánimo lucrativo constituída em 1981 na Galiza para defender:


  • Umha estratégia reintegracionista para a língua da Galiza (a visom e a vivência da mesma como umha variedade do sistema lingüístico galego-português.

  • A sua plena normalizaçom lingüística.

Em 1983, a sua Comissom Lingüística editou um estudo crítico das normas ortográficas e morfológicas do idioma galego. Em 1989, a segunda ediçom, corrigida e acrescentada, incluía a proposta normativa da Agal

Para levar a cabo a sua missom, tem utilizado diferentes formatos:
Portada do Sempre em Galiza, editado recentemente pola editora da AGAL. Mais informaçom clicando na imagem.

Que atividades tem feito a AGAL no passado?

A Comissom Linguística da Agal elaborou um estudo crítico das NOMIGA e posteriormente elaborou a sua própria proposta normativa (ortografia e morfologia gerais) para a nossa língua que em 2010 foi adatada seguindo diretrizes do Acordo ortográfico.

A Agal organizou entre 1984 e 1996 seis congressos da língua galego-portuguesa na Galiza bem como numerosos seminários, jornadas e simpósios.

Em 1985 nasce a Agália, revista de ciências sociais e humanidades que alcançou recentemente o número 100.

Até à apariçom do novo selo da associaçom, Através editora, fôrom publicados 50 livros em diferentes coleçons (Universália, Criaçom, Clássicos).

Em 2001 nasce o Portal Galego da Língua, sítio na rede da atualidade da língua na Galiza, e que para além de umha fecunda secçom informativa conta com vários sites formativos.

Que atividades realiza a AGAL na atualidade?

O atual conselho, eleito em junho de 2009, promove umha estratégia dupla:

Como se organiza a AGAL?

A direçom e a administraçom da Associaçom som exercidas polo Presidência, polo Conselho (= Junta Diretiva) e pola Assembleia Geral.

A Presidência é designada pola Assembleia Geral e o seu mandato durará quatro anos, renovável por outro de quatro anos. O Conselho está formado pola Presidência, a Vice-Presidência, a Secretária e a Tesouraria bem como um mínimo de três vocais.

Na estrutura organizativa da Associaçom também se integram, como órgaos de carácter ténico, a Comissom Lingüística, a Comissom de Informática e a Comissom de Publicaçons.

Qual é a atual diretiva da AGAL?

Atual conselho da AGAL

O dia 6 de maio de 2009 decorrêrom as eleiçons para o conselho da AGAL havendo umha única candidatura encabeçada por Valentim R. Fagim com umha equipa formada por Miguel R. Penas (vice-presidência), Eugénio Outeiro (Secretaria), Manuel César Vila (Tesouraria), Gerardo Uz (Vogal), Jéssica Beiroa (Vogal)e Suso Sanmartim (Vogal). O programa da candidatura foi disponibilizado on-line. Ao existir umha única candidatura era preciso atingir 2/3 dos votos, quota que se atingiu.

Que sites tem a AGAL?

Os sites da Agal por ordem cronológica som:

2001: Portal Galego da Língua

2005: Dicionário e-estraviz

2005: Planeta NH (Desativado para o público geral o 2 de Abril de 2011)

2005 Blogues

2008 Foros (Fôrom desativados o 31 de Dezembro de 2010).

2010 Loja imperdível

2011 Wiki-faq da Agal e do reintegracionismo

Que relaçom tem a AGAL com outros coletivos galegos que promovem a mesma estratégia para a língua?

O reintegracionismo é um movimento multilinear em que caibam grande pluralidade de filosofias e práticas, desde culturais até sóciopolíticas. Nesse quadro amplo, a AGAL tem como missom a difusom do reintegracionismo e normalizaçom lingüística.

A AGAL mantém relaçons fluídas com todas as associaçons e entidades reintegracionistas sendo muitos dos seus promotores e promotoras, por sua vez, associados e associadas da Agal. Cada entidade reintegracionista tem diferentes ámbitos de atuaçom quer geograficamente: internacional, nacional e local, quer setorialmente: cultural, académico, partidário, comunicaçom…

Que relaçom tem a AGAL com outras entidades galegas?

A AGAL é a associaçom que aglutina as pessoas partidárias de construir o galego moderno tendo em conta o português. Conseqüentemente, promove que a nossa língua seja codificada seguindo a tradiçom gráfica galego-portuguesa. Porém, ainda que seja considerada a associaçom mais importante desta tendência cultural, a AGAL fai parte de um movimento muito mais amplo, conhecido como Reintegracionismo, que estende a sua influência a entidades sociais de todo o tipo, nom exclusivamente lingüístico-culturais.

Assim, desde organizaçons políticas, feministas e ambientalistas até coletivos musicais e desportivos integram umha ampla rede social que nom está dirigida por nengumha associaçom lingüística.

O Reintegracionismo é neste sentido multilinear, umha vez que nom se limita a umha proposta ortográfica, mas a umha conceçom do País que é assumida em diferentes graus por umha boa parte dos coletivos galegos de base nom dependentes das instituiçons. Com todos estes coletivos, a AGAL mantém umha relaçom mui íntima, de apoio e assessoramento lingüístico e para facilitar a troca cultural com outros países lusófonos.

Ainda, a AGAL pretende ser um ponto estável para o diálogo com outras entidades nom afins ao Reintegracionismo e até contrárias a ele, permitindo-lhes informarem-se quanto à nossa proposta cultural sempre que o desejarem. A intençom da AGAL é manter um relacionamento fluído com todas aquelas entidades galegas que tenhem como guia melhorar a qualidade de vida da cidadania galega. Neste sentido temos as nossas portas abertas a qualquer entidade e regularmente tentamos de abrir canais de contacto com o tecido social da Galiza.

Como associar-se à AGAL?

A forma mais ágil para se associar é através do nosso site Na ficha som requeridos umha série de dados pessoais e o tipo e quantia da quota. Outra hipótese é imprimir a folha de inscriçom e enviá-la para algum dos nossos apartados de correios.

Que é a revista AGALIA? Como a podo adquirir?

Capa do número 61 da Agalia

A revista Agália é umha publicaçom científica da Associaçom Galega da Língua que vê a luz trimestralmente desde a primavera de 1985.


Nas suas páginas aparecem trabalhos relativos às áreas mais diversas do conhecimento e a cultura: Filologia e Lingüística, Economia, Filosofia, História, Literatura, etc.

Entre os colaboradores que aparecem nos diversos números da revista figuram os mais variados nomes da cultura galega, como: Isaac Alonso Estraviz, Avilês de Taramancos, Xosé Manuel Beiras Torrado, Ricardo Carvalho Calero, Miguel Anjo Fernám-Velho, Pilar Garcia Negro, Joel R. Gômez, Ernesto Guerra da Cal, João Guisan Seixas, Cláudio Lôpez Garrido, Ramom Lôpez-Suevos, Manuel Lourenço, Jenaro Marinhas del Valle, X. Pisón, Maria Xosé Queizán, Carlos Quiroga, Francisco Salinas Portugal, Elvira Souto… e internacional, como: J. L. Álvarez Enparantza «Txillardegi», Lluis V. Aracil, Leodegário A. de Azevedo Filho, Joan Coromines, Eugenio Coseriu, Sílvio Elia, Pires Laranjeira ou Toni Mollà.


Pode-se adquirir na rede de livrarias da Galiza, na nossa loja on line ou tornar-se assinante através do nosso site