publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
wiki-faq do reintegracionismo
( http://agal-gz.org/faq/ )
Movimento reintegracionista
Relaçons com falantes doutros países lusófonos
Queredes ser portugueses?
Querem os valons ou os quebequenses ser franceses? Os teuto-suíços ou os sul-tiroleses serem alemáns? Os chilenos ou os porto-riquenhos serem espanhóis? Os irlandeses ou os australianos serem ingleses?. É muito freqüente as fronteiras lingüísticas nom se corresponderem com as fronteiras políticas, já que, por umha parte, existem vários grupos de naçons que tenhem a mesma língua oficial: francofonia, anglofonia, hispanofonia, lusofonia, etc., e, por outra, existem muitas mais línguas que estados, e portanto o usual é num estado falarem-se várias línguas.
Os reintegracionistas que militam nalgumha força política fam-no, maioritariamente em forças independentistas ou federalistas, nom existindo na atualidade nengum movimento político organizado que defenda a inclusom da Galiza na República Portuguesa.
Por que em Portugal nos falam em castelhano?
Em Portugal continental, exceto o Algarve, a imensa maioria dos turistas som espanhóis, e a indústria turística portuguesa adaptou-se logicamente a esta circunstáncia. De maneira que para os trabalhadores deste ramo falar castelhano é umha mais-valia. E assim tam logo detetam que o cliente é espanhol falam-lhe, melhor ou pior, em castelhano. E fam-no por dous motivos, por tentar agradar a clientela, mas também com o intuito de praticarem o castelhano, e nom sempre a primeira causa é a principal.
Para os galegos que pretendemos falar a nossa língua em Portugal, ou mesmo para qualquer espanhol que pretenda praticar português, este fenómeno revela-se um tanto frustrante. Aliás, como o visitante interage principalmente com a indústria turística -hotéis, restaurantes, lojas de lembranças…-, pode chegar a conclusom de que em Portugal a maior parte da populaçom fala castelhano. Mas este é um fenómeno restrito a tal indústria, e fora dela nom se verifica. Assim se entramos numha livraria, numha sapataria, numha loja de azulejos… o usual é os vendedores falarem unicamente em português.
Como conseguir que nos falem na sua língua?
Pedindo-lho educadamente.
Evitar as zonas mais turísticas.
Tentar falar com gente fora da indústria turística.
Aproximar o nosso galego ao padrom lusitano.
Usar o sesseio.
Evitar no possível o léxico que nos afasta das falas de Portugal, nomeadamente castelhanismos.
Por que os portugueses e brasileiros presentes na Galiza falam em castelhano?
Para se integrar socialmente.
A língua das pessoas emigrantes costuma ser um indício bastante fiável, em contextos plurilingues, de que língua funciona melhor socialmente. Aprender umha língua implica um esforço que se vê facilitado com o contacto social com os seus falantes. Assim sendo, se os emigrantes lusófonos investem nesse esforço é porque acham que será recompensado. Se o galego fosse a língua social da Galiza, teriam menos incentivos para investir na aprendizagem do castelhano.
Outra questom a tratar seria a expetativa dos e das emigrantes. Quando um brasileiro emigra para a Eslovénia ou a Suécia, tem a expetativa de que ali falam umha língua local. Quando emigra para a Galiza, a expetativa (salvo contadas exceçons) é que falam espanhol porque na verdade estám a emigrar para a Espanha. Esta expetativa poderia ser talvez reformulada se o formato de galego que encontrassem fosse outro, mas, para além de ter uma presença periférica (escasseia nas cidades), a sua vestimenta oficial nom ajuda a fazer as ligaçons necessárias (galego=português).
Naqueles contextos onde o galego é hegemónico é habitual que os emigrantes lusófonos mantenham a sua língua, nomeadamente áreas rurais, ambientes culturais, certas áreas profissionais…
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