coordenação Pedro Godinho
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Sempre Galiza! parte de viagem
coordenação Pedro Godinho
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (25) : Viver na nossa língua - Meios de comunicação lusófonos
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
wiki-faq do reintegracionismo
( http://agal-gz.org/faq/ )
Viver na nossa língua
Meios de comunicaçom lusófonos
Guia de Mídia, portal brasileiro que referencia inúmeros meios brasileiros e doutros paises.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (24) : Viver na nossa língua - Utilidades
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
wiki-faq do reintegracionismo
( http://agal-gz.org/faq/ )
Viver na nossa língua
Ferramentas da AGAL
Conjugal Flexionador verbal do galego, que permite visualizar a conjugação dos principais verbos da nossa língua.
Topogal Programa informático que pretende aproximar o público galego à toponímia do seu País dumha maneira agradável e atraente. A sua interface está desenhada em Visual Basic 5.0 e o seu funcionamento é similar ao de um dicionário eletrónico, com várias possibilidades de acesso aos dados, inclusive por meios gráficos, ainda que o TOPOGAL seja um programa independente.
Numergal Conversor numérico que permite colocar por extenso qualquer quantidade numérica compreendida entre 0 (zero) e 999.999.999.999 (novecentos e noventa e nove mil novecentos e noventa e nove milhões novecentos e noventa e nove mil novecentos e noventa e nove).
Dicionários para correctores ortográficos livres, como os usados por OpenOffice e Firefox.
Dicionários em linha
Estraviz. Tesouro lexical galego, com mais de 125.000 entradas é o dicionário galego mais completo.
Priberam. Dicionário de português lusitano que contém cerca de 97 000 entradas lexicais, incluindo locuçons e fraseologias, e que permite a consulta de definiçons, com sinónimos e antónimos por aceçom, subentradas e locuçons. Em alguns casos é também possível consultar informaçom sobre a origem da palavra e a sua pronúncia, sobre a conjugaçom verbal e sobre equivalentes de e para espanhol, francês e inglês.
Infopédia, enciclopédia e dicionários da Porto Editora.
Michaelis. Portal que permite consultar um grande dicionário de português brasileiro, e vários dicionários bilingues.
Aulete. Completo dicionário brasileiro, acompanhado por um dicionário de elaboraçom coletiva.
Wikcionário, o dicionário livre.
Aurelio, dicionário brasileiro.
Diciónario online de português.
Wordreference. Portal com vários dicionários bilingues. Vale a pena visitar os seus fóruns, que podem resultar de grande ajuda.
Linguee. Busque termos em milhões de frases traduzidas por outras pessoas.
Outras
Muitas outras utilidade podem encontrar-se no Portulano de recursos da Academia Galega da Língua Portuguesa.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Sempre Galiza! – Ernesto Guerra da Cal: Ramalhete de Poemas Carnais, “In Memoriam” de Ricardo Carvalho Calero - VII Bombardeamento
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
De Ernesto Guerra da Cal - para ler, reler e partilhar
os sete poemas de:
Ramalhete de Poemas Carnais
"In Memoriam" de Ricardo Carvalho Calero
[ dia 28/6 - I ESFINGE ]
[ dia 5/7 - II FADO CHORADO SOBRE UM AMOR PASSADO ]
[ dia 12/7 - III DESENCONTRO ]
[ dia 19/7 - IV EUCARISTIA SACRÍLEGA ]
[ dia 26/7 - V NUDEZ MUDA ]
[ dia 2/8 - VI "IMAGO FLORIS" ]
hoje: VII BOMBARDEAMENTO
I.M. Carvalho Calero/ G. da C. | ||||||||||||
VII | ||||||||||||
BOMBARDEAMENTO ******************** | ||||||||||||
[Barcelona, 1938] | ||||||||||||
Encontrei-a na rua | ||||||||||||
perto da Diagonal | ||||||||||||
Era loira e bem feita | ||||||||||||
Duas covinhas | ||||||||||||
pontuavam-lhe a curva do sorriso | ||||||||||||
auroral | ||||||||||||
Disse-me o nome | ||||||||||||
que os longos anos idos | ||||||||||||
fizeram esquecer | ||||||||||||
Lembro-me do apelido | ||||||||||||
- bem catalão : Carner | ||||||||||||
Era virgem, católica e ardente | ||||||||||||
………….. | ||||||||||||
………….. | ||||||||||||
Depois: dois corpos nus | ||||||||||||
em entrelaçamento incandescente | ||||||||||||
Cheiro a sexo | ||||||||||||
misturado com água de colónia | ||||||||||||
húmidos beijos | ||||||||||||
lascivos e inocentes… | ||||||||||||
E de chofre:-- | ||||||||||||
o alto alarido das sereias de alarme | ||||||||||||
e o roncar dos motores agressores pelos cimos do céu: | ||||||||||||
……………. | ||||||||||||
trovões | ||||||||||||
estilhaços | ||||||||||||
calçadas esventradas | ||||||||||||
prédios ao desbarato | ||||||||||||
corpos despedaçados…. | ||||||||||||
………….. | ||||||||||||
………….. | ||||||||||||
“Fins a demá! – disseste num abraço | ||||||||||||
perturbado | ||||||||||||
no teu idioma próprio | ||||||||||||
Mas não houve ‘amanhã’ | ||||||||||||
naturalmente | ||||||||||||
Não havia tampouco ontem nem hoje | ||||||||||||
Era guerra | ||||||||||||
e a guerra anula o Tempo | ||||||||||||
Tivemos só um instante | ||||||||||||
furiosamente edénico | ||||||||||||
interrupto | ||||||||||||
naquele quarto ingreme e vacante | ||||||||||||
de amorosa guarida | ||||||||||||
E para sempre nunca mais: | ||||||||||||
Adeus! | ||||||||||||
E um holocausto como despedida. | ||||||||||||
LONDRES: Fevereiro, 1992. | ||||||||||||
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (23) : Viver na nossa língua - Defesa e difusão do reintegracionismo
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
wiki-faq do reintegracionismo
( http://agal-gz.org/faq/ )
Viver na nossa língua
Conselhos para umha eficaz propagaçom do reintegracionismo na rede, e fora dela.
Cumpre ter boas maneiras, nom insultar, nom desconceituar, nom abusar do sarcasmo. A quem defende umha ideia nova interessa-lhe o debate civilizado, o intercâmbio de opiniões e dados. Se um debate degenerar numha discussom inçada de insultos e sarcasmos, o ruído amortece a mensagem e as velhas ideias prevalecem incontestadas. Portanto as discussões agres e insultuosas som do interesse do Statu Quo, nom dos defensores das novas ideias.
Cumpre ter paciência com o desconhecimento. Ninguém nasce aprendido, e no sistema de educaçom galego ensina-se apenas a versom oficial da questom da língua, ignorando quando nom ocultando, questons lingüísticas básicas. Esperamos que esta wiki ajude a luitar contra essas carências.
Fazer finca-pé em ajudar. Quando alguém pede ajuda, ainda que a resposta seja trivial, deve receber ajuda, nom desqualificaçons. Alguém que recebe ajuda é um potencial aliado, alguém que recebe desqualificações é um potencial inimigo. Além disto umha comunidade prestes a ajudar vai ter sempre melhor imagem externa, e interna.
É bom salientar as histórias de sucesso, isto dá umha imagem positiva, tanto externa como interna, do movimento reintegracionista. Quais som as histórias de sucesso do reintegracionismo? Inúmeras. É bem sabido que os reintegracionistas temos à nossa disposiçom um grande número de livros em português, que podemos receber umhas quantas televisões na nossa língua, que podemos escuitar muitas rádios lusófonas via Internet, etc. Dito assim, em geral causa um certo efeito, mas se falamos de exemplos particulares (recensons de livros, comentários sobre programas de TV, comentários sobre filmes,…), dumha maneira natural e continua, o efeito é outro.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Sempre Galiza! – Ernesto Guerra da Cal: Ramalhete de Poemas Carnais, “In Memoriam” de Ricardo Carvalho Calero - VI "Imago Floris"
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
De Ernesto Guerra da Cal – para ler, reler e partilhar
os sete poemas de:
Ramalhete de Poemas Carnais
"In Memoriam" de Ricardo Carvalho Calero
[ dia 28/6 - I ESFINGE ]
[ dia 5/7 - II FADO CHORADO SOBRE UM AMOR PASSADO ]
[ dia 12/7 - III DESENCONTRO ]
[ dia 19/7 - IV EUCARISTIA SACRÍLEGA ]
[ dia 26/7 - V NUDEZ MUDA ]
hoje: VI "IMAGO FLORIS"
I.M. Carvalho Calero/ G. da Cal | |||||||||
VI | |||||||||
“IMAGO FLORIS” ******************** | |||||||||
Para Lena Komura, flor de | |||||||||
Dai Nippon – na Quarta | |||||||||
Dimensão do Sonho. | “Il piu sacro luogo della Creazione | ||||||||
di Dio é il Delta femminino.” | |||||||||
NESTORE D’ALGUECARRA | |||||||||
O teu SEXO indizível: | |||||||||
mistica FLOR carnal | |||||||||
ROSA copulativa | |||||||||
abismal SEMPREVIVA | |||||||||
e BÚSSOLA imperiosa | |||||||||
do encapelado MAR | |||||||||
do meu nocturno ARDOR | |||||||||
ficará para mim | |||||||||
perenemente | |||||||||
como ARCANO candente | |||||||||
do nosso AMOR remoto | |||||||||
e refreado | |||||||||
corporal e auroral | |||||||||
sacro-profano | |||||||||
imaculado SONHO | |||||||||
real-imaterial | |||||||||
e misteriosa- | |||||||||
mente | |||||||||
humano | |||||||||
LONDRES | |||||||||
1 de Agosto | |||||||||
1990 | |||||||||
[ dia 9/8 - VII BOMBARDEAMENTO ]
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (22) : Viver na nossa língua - Algumas questões práticas
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
wiki-faq do reintegracionismo
( http://agal-gz.org/faq/ )
Viver na nossa língua
Algumhas questons práticas
Mudança de nomes e apelidos.
Neste momento pode-se passar o nome e os apelidos a forma galega, o que vem recolhido na lei que entrou em vigor no ano 2000.
Procedimento - Pedido (com certificaçom de a forma proposta ser correta e galega) dirigida ao registo civil onde temos a nossa certidom de nascimento. A resoluçom e modificaçom terá lugar em 24 horas. No dia seguinte poderíamos pedir umha certidom de nascimento com a mudança feita e proceder com os distintos documentos legais e em todos os papéis e registos (incluída a certificaçom de casamento). Se há filho/as menores de idade, temos de ir já ao registo onde figurarem as certidons dos(as) nossos(as) filhos(as) e procedermos com a respetiva mudança.
Dificuldades - A principal é a discricionariedade do funcionário(a) na hora de avaliar a “galeguidade” dos nomes e apelidos. Mudanças que num registo som possíveis num outro encontram obstáculos.
Quando a mudança nom sobressai do quadro do galego Ilga-Rag, a melhor estratégia é saber quem vai tomar a decisom, insistir e sobretudo acompanhar o pedido com certificações inapeláveis de autoridade lingüística (no caso ILGA ou RAG). Nos julgados do civil costumam ter bibliografia ao respeito mas a discricionariedade funcionarial pode complicar o processo.
Quando a mudança excede o quadro do galego Ilg-Rag também é possível mas pode ser mais lento exigir mais paciência. É importante juntar documentaçom acreditadora de sermos conhecidos socialmente sob a forma para a que pedimos a mudança: correspondência privada e pública, correspondência comercial (esta e doada de conseguir solicitando receber propaganda na nossa caixa de correio), citações em revistas, cartons de associações, comunicações de organismos oficiais. Quanto mais volumosa e alargada no tempo for a documentaçom, terá mais valor. Ainda, acrescentar umha certidom de autoridade académica (por exemplo, de algum professor do departamento de português de Santiago de Compostela ou de traduçom e interpretaçom de Vigo) será um valor acrescentado.
O processo administrativo tem lugar agora na povoaçom onde moramos. Neste sentido é estratégico investigar a atitude dos funcionários do teu concelho porque pode mesmo ser útil mudar temporariamente de recenseamento (vamos ter que apresentar a certidom municipal de residir no concelho em questom).
Teremos que apresentar umha instáncia ao julgado do civil em que informes de que socialmente és conhecido por XXX e que esta forma nom se corresponde com a forma em que figuras nos documentos. Juntamos a documentaçom acreditadora de seres conhecido assim, o certificado da autoridade competente e o do padrom municipal.
A partir de aqui o julgado cita-te para fazer um auto, e esse dia deverás apresentar-te com duas pessoas maiores de idade (nom servem familiares próximos) e que serám as tuas testemunhas que vam declarar que desde que te conhecem, sempre foi com os nomes e apelidos XXX. O ideal é ter a cumplicidade do(a) funcionário(a) para assim fazer todos os passos num único dia,quer dizer, apresentar a instáncia e ir com as testemunhas. Se se segue o regulamento à risca podem passar 6 meses entre o início do processo apresentando a instância e ser citados para assistir com as testemunhas.
O Julgado, depois de preparar o expediente, passa-o ao juiz ou à juíza que lhe corresponder (e de novo aparece a discrecionariedade). Esta pessoa elabora um relatório quer favorável quer desfavorável para depois o expediente ser elevado polo julgado à Direçom Nacional do Notariado do Ministério de Justiça, para que por delegaçom do ministro adote o conforme com a mudança e proceda a comunicá-la ao julgado que iniciou o expediente e a nós mesmas(os). Se o relatório do juiz é favorável em Madrid vam dar o sim mas se for desfavorável a comunicaçom de Madrid abriria a via para a reclamaçom judicial contra ela, que costuma ser umha via lenta e cara. Nesse caso é melhor começar de novo.
Caso tenha tido umha decisom favorável à mudança, voltamos ao julgado para mandarem ordem aos registos civis onde estám as nossas certidons de nascimento, a de matrimónio, a dos teus filhos/as e em todas se procede a efetuar a mudança. Depois é dirigir-se ao registo civil onde estamos inscritas(os) para pedir umha partida literal de nascimento que já estará corrigida e procedemos à mudança dos documentos.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Sempre Galiza! – Ernesto Guerra da Cal: Ramalhete de Poemas Carnais, “In Memoriam” de Ricardo Carvalho Calero - V Nudez Muda
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
De Ernesto Guerra da Cal – para ler, reler e partilhar
os sete poemas de:
Ramalhete de Poemas Carnais
"In Memoriam" de Ricardo Carvalho Calero
[ dia 28/6 - I ESFINGE ]
[ dia 5/7 - II FADO CHORADO SOBRE UM AMOR PASSADO ]
[ dia 12/7 - III DESENCONTRO ]
[ dia 19/7 - IV EUCARISTIA SACRÍLEGA ]
hoje: V NUDEZ MUDA
I.M. Carvalho Calero/ G. da C. | ||||||
V | ||||||
NUDEZ MUDA ******************* | ||||||
[ Soneto desnorteado ] | ||||||
O teu silêncio nu de lenta chuva | ||||||
invade o meu rescaldo vespertino | ||||||
e no ausente sorriso cristalino | ||||||
a minha mão procura a tua luva | ||||||
O teu grito calado, pluma de asa | ||||||
esconde-se num ninho que é um abismo | ||||||
e o rumor da tua carne em hermetismo | ||||||
queima-me a insónia com seu gelo em brasa | ||||||
Nudez ambígua de veraz mentira | ||||||
finge o teu sonho de vendaval que arrasa | ||||||
e afunda o meu, que por teu centro passa | ||||||
e contra o qual o teu sexo conspira | ||||||
Um dia há de chegar | ||||||
talvez no Além | ||||||
em que o teu corpo | ||||||
vença o seu mutismo | ||||||
E nesse dia fatal | ||||||
Dia da Ira | ||||||
tu não seras quem és | ||||||
E eu | ||||||
mortalmente | ||||||
já | ||||||
serei NINGUÉM | ||||||
ESTORIL | ||||||
Alta noite | ||||||
14 de Setembro | ||||||
1987 | ||||||
[ dia 2/8 - VI "IMAGO FLORIS" ]
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (21) : Movimento reintegracionista - Relações com falantes doutros países lusófonos
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
wiki-faq do reintegracionismo
( http://agal-gz.org/faq/ )
Movimento reintegracionista
Relaçons com falantes doutros países lusófonos
Queredes ser portugueses?
Querem os valons ou os quebequenses ser franceses? Os teuto-suíços ou os sul-tiroleses serem alemáns? Os chilenos ou os porto-riquenhos serem espanhóis? Os irlandeses ou os australianos serem ingleses?. É muito freqüente as fronteiras lingüísticas nom se corresponderem com as fronteiras políticas, já que, por umha parte, existem vários grupos de naçons que tenhem a mesma língua oficial: francofonia, anglofonia, hispanofonia, lusofonia, etc., e, por outra, existem muitas mais línguas que estados, e portanto o usual é num estado falarem-se várias línguas.
Os reintegracionistas que militam nalgumha força política fam-no, maioritariamente em forças independentistas ou federalistas, nom existindo na atualidade nengum movimento político organizado que defenda a inclusom da Galiza na República Portuguesa.
Por que em Portugal nos falam em castelhano?
Em Portugal continental, exceto o Algarve, a imensa maioria dos turistas som espanhóis, e a indústria turística portuguesa adaptou-se logicamente a esta circunstáncia. De maneira que para os trabalhadores deste ramo falar castelhano é umha mais-valia. E assim tam logo detetam que o cliente é espanhol falam-lhe, melhor ou pior, em castelhano. E fam-no por dous motivos, por tentar agradar a clientela, mas também com o intuito de praticarem o castelhano, e nom sempre a primeira causa é a principal.
Para os galegos que pretendemos falar a nossa língua em Portugal, ou mesmo para qualquer espanhol que pretenda praticar português, este fenómeno revela-se um tanto frustrante. Aliás, como o visitante interage principalmente com a indústria turística -hotéis, restaurantes, lojas de lembranças…-, pode chegar a conclusom de que em Portugal a maior parte da populaçom fala castelhano. Mas este é um fenómeno restrito a tal indústria, e fora dela nom se verifica. Assim se entramos numha livraria, numha sapataria, numha loja de azulejos… o usual é os vendedores falarem unicamente em português.
Como conseguir que nos falem na sua língua?
Pedindo-lho educadamente.
Evitar as zonas mais turísticas.
Tentar falar com gente fora da indústria turística.
Aproximar o nosso galego ao padrom lusitano.
Usar o sesseio.
Evitar no possível o léxico que nos afasta das falas de Portugal, nomeadamente castelhanismos.
Por que os portugueses e brasileiros presentes na Galiza falam em castelhano?
Para se integrar socialmente.
A língua das pessoas emigrantes costuma ser um indício bastante fiável, em contextos plurilingues, de que língua funciona melhor socialmente. Aprender umha língua implica um esforço que se vê facilitado com o contacto social com os seus falantes. Assim sendo, se os emigrantes lusófonos investem nesse esforço é porque acham que será recompensado. Se o galego fosse a língua social da Galiza, teriam menos incentivos para investir na aprendizagem do castelhano.
Outra questom a tratar seria a expetativa dos e das emigrantes. Quando um brasileiro emigra para a Eslovénia ou a Suécia, tem a expetativa de que ali falam umha língua local. Quando emigra para a Galiza, a expetativa (salvo contadas exceçons) é que falam espanhol porque na verdade estám a emigrar para a Espanha. Esta expetativa poderia ser talvez reformulada se o formato de galego que encontrassem fosse outro, mas, para além de ter uma presença periférica (escasseia nas cidades), a sua vestimenta oficial nom ajuda a fazer as ligaçons necessárias (galego=português).
Naqueles contextos onde o galego é hegemónico é habitual que os emigrantes lusófonos mantenham a sua língua, nomeadamente áreas rurais, ambientes culturais, certas áreas profissionais…
terça-feira, 19 de julho de 2011
Sempre Galiza! – Ernesto Guerra da Cal: Ramalhete de Poemas Carnais, “In Memoriam” de Ricardo Carvalho Calero - IV Eucaristia Sacrílega
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
De Ernesto Guerra da Cal – para ler, reler e partilhar
os sete poemas de:
Ramalhete de Poemas Carnais
"In Memoriam" de Ricardo Carvalho Calero
[ dia 28/6 - I ESFINGE ]
[ dia 5/7 - II FADO CHORADO SOBRE UM AMOR PASSADO ]
[ dia 12/7 - III DESENCONTRO ]
hoje: IV EUCARISTIA SACRÍLEGA
I.M. Carvalho Calero/ G. da Cal | |||||
IV | |||||
EUCARISTIA SACRÍLEGA ********************************** | |||||
“O cheiro a carne que nos embebeda! | |||||
Em que desvios a razão se perde”. | |||||
CAMILO PESSANHA | |||||
Queria a minha BOCA na tua BOCA | |||||
Queria encorporar-te num AMPLEXO | |||||
tornando a tua CARNE CARNE minha | |||||
o meu SEXO habitando no teu SEXO | |||||
Queria a minha ALMA na tua ALMA | |||||
a minha a refulgir no teu REFLEXO | |||||
Receber “CORPUS CHRISTI” do teu CORPO | |||||
comungando a tua HÓSTIA genuflexo | |||||
NOVA-IORQUE | |||||
Abril | |||||
1977 | |||||
[ dia 26/7 - V NUDEZ MUDA ]
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (20) : Movimento reintegracionista - O reintegracionismo e os movimentos políticos
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
wiki-faq do reintegracionismo
( http://agal-gz.org/faq/ )
Movimento reintegracionista
Reintegracionismo e política
O reintegracionismo é umha filosofia lingüística e cultural, nom política, sendo compatível com qualquer ideologia que respeite a identidade própria da Galiza. Assim, há reintegracionistas de quase qualquer quadrante político. Porém, nom se pode negar que a maioria das pessoas mais preocupadas polo futuro do idioma, as que mais refletem sobre ele, se encontram no nacionalismo, como em épocas passadas se encontrárom no galeguismo, e é deste grupo de gente que se nutre em maior medida o reintegracionismo.
Movimentos de ámbito estatal
Tirando casos de militantes particulares, a boa saude do galego nom é umha preocupaçom para os partidos políticos de ámbito estatal. Em geral, de facto, as tímidas políticas favoráveis ao galego promovidas tanto polo Partido Popular (antiga Alianza Popular) como polo Partido Socialista Obrero Español, assentam na pressom dos setores da sociedade vinculados aos projetos políticos de ámbito galego.
Partido Popular. Sendo o partido que durante mais anos e com maiorias mais cómodas tem exercido o poder na Galiza, as suas políticas lingüísticas tenhem a maior importáncia, sendo o máximo responsável político no alarmante retrocesso da nossa língua. Cumpre contodo diferenciar várias etapas, e assim nom foi o mesmo o labor no primeiro mandato de Fernandez Albor, onde há um tímido mas real interesse em promover o galego, que a época Fraga, onde se procura a manutençom do status quo, ou o destrutivo mandato de Feijoo. Mas se há umha constante em todas as etapas do poder popular é a discriminaçom, quando nom diretamente repressom, do reintegracionismo.
Partido Socialista Obrero Español. A política lingüística propugnada polo PSdeG tem sido semelhante à do PPdeG; em teoria defendeu a promoçom do galego, mas nas instituiçons em que exerceu o governo, a prática ficou-se muito aquém do possível. Cumpre contodo assinalar duas diferenças com o PPdG:
a nível central nom se defendem políticas lingüicidas, como no PP, e
se bem a nível oficial o PSdeG filia-se no isolacionismo, nalguns momentos houvo algum grupo nitidamente reintegracionista, como testemunha o documento “Achegas socialistas às bases analíticas da ortografia simplificada para a língua de Galiza, Portugal, Brasil e paises africanos de língua oficial portuguesa”, que foi publicado no número 1 de Cadernos do Povo, Revistas Internacional da Lusofonia.
Esquerda Unida. Esta coaligaçom tem tido sempre umha postura em favor da promoçom do galego, mas nom tivo muitas oportunidades de a pôr em prática. No seu site usa a norma ILG-RAG, sem esclarecer o modelo de galego culto que propugnam. Mas neste tema parecem ter muito peso as opinions de Alonso Montero, académico da RAG, e destacado isolacionista.
Anarquismo. É neste movimento político onde, fora do independentismo, melhor acolhimento tenhem as teses reintegracionistas, usando-se tanto a norma AGAL como o padrom lusitano, ao lado da norma ILG-RAG, tanto no sindicato CNT como no seu portal insígnia, Galiza libertária. A simpatia de alguns anarquistas polo reintegracionismo, explica-se, em primeiro lugar, polas vantagens da proposta lusista para a vitalidade da língua. Outro elemento de atraçom é a possibilidade de pôr em contacto, com maior facilidade, as classes trabalhadoras da Galiza e dos países lusófonos, dado que os anarquistas se consideram apátridas. Por último, a própria estrutura do movimento reintegracionista, construído de baixo para cima, combina bem com a maneira de agir dos libertários.
Organizaçons de ámbito galego
Bloco Nacionalista Galego. O BNG é a organizaçom nacionalista galega mais numerosa, que maior representaçom tem nas instituiçons oficiais, e que mais poder tem exercido. É indubitável o seu compromisso com a nossa língua, mas na hora de exercer o poder tem sido bastante tímido ao aplicar as suas propostas. A respeito do modelo de galego que propugna poderia qualificar-se de reintegracionista platónico, pois se bem teoricamente afirma o galego ser a mesma língua que o português, a sua prática é majoritariamente isolacionista, tanto internamente como nas instituiçons galegas. Porém a nível europeu os seus parlamentares aplicam sem hesitaçons a doutrina reintegracionista, empregando sempre o português da Galiza.
Centro galeguista. No centro galeguista tem havido sempre reintegracionistas, sendo o mais salientável D. José Posada, fundador da AGAL e primeiro eurodiputado galego, por Coaligaçom Galega, em empregar o português da Galiza no Parlamento Europeu. Na atualidade há varios partidos dentro deste campo político: Terra Galega, Partido Galeguista e Converxência XXI. Este último destaca-se dos anteriores por um reintegracionismo utilitário.
Independentismo. Boa parte do independentismo galego é reintegracionista, na teoria e na prática. Assim organizaçons como NÓS-Unidade Popular, Primeira Linha, Assembleia da Mocidade Independentista, Briga, além de serem enérgicas defensoras do galego, som reintegracionistas. Porém cumpre também assinalar que a Frente Popular Galega é radicalmente isolacionista, incluindo-se no seu ámbito muitos dos mais radicais defensores do isolacionismo, encabeçados polo atual presidente da Real Academia Galega, Xosé Luís Méndez Ferrín.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Sempre Galiza! – Ernesto Guerra da Cal: Ramalhete de Poemas Carnais, “In Memoriam” de Ricardo Carvalho Calero - III Desencontro
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
De Ernesto Guerra da Cal – para ler, reler e partilhar
os sete poemas de:
Ramalhete de Poemas Carnais
"In Memoriam" de Ricardo Carvalho Calero
[ dia 28/6 - I ESFINGE ]
[ dia 5/7 - II FADO CHORADO SOBRE UM AMOR PASSADO ]
hoje: III DESENCONTRO
I.M. Carvalho Calero/ G. da C. | |||||
III | |||||
DESENCONTRO ******************** | |||||
“No te quiero más castigo | |||||
que estés durmiendo con otro | |||||
y estés soñando conmigo”. | |||||
(Copla popular andaluza) | |||||
Os Olhos mutuamente | |||||
fechados e perdidos | |||||
cada um | |||||
no seu longínquo Olhar | |||||
Os Lábios mutuamente | |||||
colados e arredios | |||||
e cada um | |||||
entregue | |||||
a um alheio Beijar | |||||
Os Corpos enlaçados | |||||
e evadidos | |||||
cada um | |||||
para um ausente Lugar | |||||
E ambos os Corações | |||||
remotos e abstraídos | |||||
cada um | |||||
no seu independente Latejar | |||||
E a única Emoção presente: | |||||
o agoniante Esforço errante | |||||
da Imaginação | |||||
- a imaginar! | |||||
LONDRES | |||||
6 de Outubro | |||||
1990 | |||||
[ dia 19/7 - IV EUCARISTIA SACRÍLEGA ]
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (19) : Movimento reintegracionista - A comunidade reintegracionista
publica-se às 3ªs e 6ªs
coordenação Pedro Godinho
wiki-faq do reintegracionismo
( http://agal-gz.org/faq/ )
Movimento reintegracionista
A comunidade reintegracionista
A comunidade reintegracionista
A comunidade reintegracionista é umha parte pequena mas muito ativa da comunidade galecófona, polo qual é muito difícil enumerá-la na sua totalidade. Porém esperamos sermos bastante abrangentes.
Centros sociais
Os centros sociais som espaços físicos autogeridos situados nas principais cidades e vilas galegas que servem para acolher as atividades e propostas do movimento associativo vinculado a eles. Som lugar de reuniom, formaçom, convivência e lazer onde a vida decorre ao 100% em galego. Cada centro social tem as suas caraterísticas e particularidades, respondendo em cada caso às necessidades determinadas pola cidade em que estám situados. Há centros sociais independentistas, anarquistas, ocupados… mas em todos eles o reintegracionismo está presente em maior ou menor medida.
Bertamiráns | Boiro | Compostela | ||||
A Fouce | Aturujo | A Gentalha do Pichel | Henriqueta Outeiro | |||
Corunha | Estrada | |||||
A Casa das Atochas | Atreu | Gomes Gaioso | Setestrelo | |||
Ferrol | Ginzo | Lugo | Marim | |||
Artábria | Aguilhoar | Mádia Leva | Almuinha | |||
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Cultura
Associaçons culturais
Associaçom Cultural Foucelhas da comarca de Ordes
Associaçom Cultural Maçarico da comarca de Vigo
Língua
Música
Editoras
Desporto
Clube Estrela Vermelha, Futebol picheleiro.
SCEA, Sala Compostelana de Esgrima Antiga.
Activismo sociopolítico
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Nom me pises o freghao da Corunha
As Lerchas de Ourense