Páginas

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sempre Galiza! – wiki-faq AGAL (14) : Questões linguísticas – Normas

publica-se às 3ªs e 6ªs

coordenação Pedro Godinho

 

 

wiki-faq do reintegracionismo

( http://agal-gz.org/faq/ )

 



Normas

Que é a "Guerra Normativa"?

A “guerra normativa” é a denominaçom popular que recebe o debate sobre a relaçom entre o galego e o português. Este debate foi especialmente intenso nos ámbitos filológicos e políticos nacionalistas nos anos 70 e 80 e chegou ao seu clímax a partir da institucionalizaçom das normas ILG-RAG em 1982, quando a maior parte do professorado de galego, em 1986, assinou um manifesto pola concórdia normativa.

 

Se bem que antes de 1982 fossem várias as propostas normativas de tendência reintegracionista (como as de Martinho Montero, Valentim Paz Adrade ou as oficiais entre 1980 e 1982 de Carvalho Calero), foi a partir deste ano que se popularizárom várias codificaçons propositadamente alternativas às normas ILG-RAG: as normas da AGAL, em forma de Estudo Crítico em 1982 e de Prontuário em 1985, as da AS-PG e as diferentes variantes dos chamados mínimos reintegracionistas.


As primeiras concitárom grande apoio no mundo científico e as últimas fôrom as usadas pola prática maioria das organizaçons do movimento galeguista até 2003. Nesse ano, por pressons de setores universitários ligados ao BNG, a RAG aceitou certas modificaçons do texto normativo em direçom à convergência com o português. Pretendia-se assim acabar com a guerra normativa, mas para entom o “reintegracionismo” já tinha forte presença nas ruas e na recém-popularizada Internet.

 

Todas as línguas tenhem conflitos normativos?

Sim, ainda que a sua natureza nem sempre é a mesma.

 

A maioria das línguas e variedades tenhem umha única norma nacional. É o caso da nossa língua em Portugal ou no Brasil ou o castelhano em Castela ou México. Nestes casos os debates sobre a norma tenhem a ver essencialmente com modernizá-la. Em geral, as escritas som conservadoras a respeito da falas, o que vai criando umha distáncia entre elas. Por isso surgem vozes reclamando reformas de maior ou menor profundidade. Sirva como exemplo a norma de Bello.

 

Ora, existem contextos onde podem existir duas normativas para a mesma língua. O caso galego é um deles, onde a par do galego ILG-RAG existe o galego-português. Existem ainda outros casos como som o grego, o norueguês ou o valenciano. No grego existiu até há pouco o Catarévussa (criado no séc. XIX para servir de enlace com o grego clásico) e o demótico (baseado na língua popular e único oficial desde 1976). No norueguês existe o bokmal (com palavras do dinamarquês) e o nynorsk (isento de danicismos). No valenciano existe as normes de Castelló que é um catalám de Valência e as normes del Puig que promove umha língua separada do catalám e umha presença maior de castelhanismos.

 

A oficializaçom do binormativismo seguindo a via norueguesa podia ser umha via na Galiza para aglutinar os falantes e os movimentos sociais em volta da nossa língua, aproveitando o melhor de cada umha das estratégias.

Sem comentários:

Enviar um comentário